Mulheres no transporte: elas fazem diferença

mulheres no transporte
Happy middle-aged woman smiling in front of yellow semi-truck vehicle

Falar de mulheres no transporte rodoviário de cargas em diferente setores deixou de ser um assunto abordado com ressalvas e preconceito. As oportunidades para o público feminino em áreas como oficina mecânica, logística, motorista, liderança em gestão estão cada vez mais frequentes.

Muitas empresas já enxergaram o potencial das mulheres no transporte e até mesmo preferem a mão de obra feminina em certas funções por terem vantagens como aumento de produtividade, menor índice de retrabalho, e redução de custos. Dados do Instituto Paulista do Transporte de Cargas (IPTC), órgão parceiro do Setcesp, mostram que somente no Estado de São Paulo a participação feminina no TRC aumentou em 61% em 2021 em relação ao ano anterior.

Saiba mais: 10 motivos para contratar mulheres motoristas 

Todo esse cenário positivo em relação a participação das mulheres no transporte é um fator que vem contribuindo para encorajar outras a se candidatarem a vagas – antes dominadas pelos homens- e realizarem o seu sonho. Algumas já deram o primeiro passo e já estão escrevendo a sua história no transporte realizando o seu trabalho e reforçando a ideia de que competência está relacionada a habilidade e não ao sexo biológico.

Mulheres no transporte: Joceana enfrentou preconceito dentro de casa mas nunca desistiu do sonho de ir para a estrada 

Maria Joceana de Jesus Neves, 46 anos, de Itamarajú, sul da Bahia, sempre teve o sonho de ser caminhoneira. Porém, morando em uma região de poucos recursos, não conseguia enxergar como alcançar esse objetivo. Trabalhava em uma empresa que prestava serviço na área de saúde em uma tribo indígena. Sempre que via os caminhões ou mulheres dirigindo os pesados, pensava se um dia iria conseguir seguir na profissão.

Mulheres no transporte

“A minha cidade não tinha como me dar um suporte. Não tinha escola profissionalizante e nem locais para fazer um treinamento. Então, como primeiro passo decidi trocar a categoria da minha CNH. Para pagar as despesas vendi a minha moto. Minha família imediatamente foi contra pois era o meu único meio de transporte. Fiz o curso e decidi que era a hora de correr atrás do meu sonho. Pedi demissão da empresa e comecei a fazer buscas. Foi quando eu ouvi falar da Fabet e me interessei”, explicou.

Joceana conta que ligou na fundação para obter mais informações e soube da possibilidade de tentar uma bolsa para o curso de motorista e fez a inscrição. No dia seguinte foi surpreendida com uma ligação dizendo que havia conseguido a bolsa oferecida por uma empresa, que arcaria com os custos do curso, estadia e alimentação tendo apenas que custear a sua viagem para São Paulo. “Sem pensar muito comprei a passagem e agradeci a Deus por aquela oportunidade. Somente depois contei para a família e mais uma vez não tive o apoio deles. Disseram que eu era louca. Senti medo, afinal nunca havia viajado para uma cidade grande. Não sei como eu consegui força e coragem. Mas meu sonho falou mais alto e algo me dizia para confiar”, explicou.

Durante o período do curso, Joceana procurou se dedicar ao máximo para conseguir bons resultados e ao longo das aulas ela foi se destacando e evoluindo. O bom desempeno de Joceana rendeu uma oportunidade de trabalho na mesma empresa que a patrocinou. “Eu realmente havia conquistado o meu sonho. Meu único desafio nesse momento foi ter de ficar longe da minha família. A saudade era grande, mas não poderia perder essa chance única. Com apoio da empresa, aluguei uma casa próximo do meu trabalho e fui me estabilizando. Hoje o meu trabalho é pegar as carretas levar até o galpão e depois levar para o pátio e descarregar. Cinco meses depois consegui visitar a minha família que finalmente havia entendido a minha escolha e passou a se orgulhar e me apoiar”, relembrou.

A infraestrutura e falta de banheiros para mulheres no transporte é algo que Joceana aponta como a grande dificuldade e acredita que o preconceito diminuiu pois os homens já entenderam que a mulher pode estar aonde ela quiser. “Não existe dificuldade para mulher. Somos dedicadas e assim conseguimos tudo. As vezes as próprias mulheres colocam empecilhos. Hoje eu sei que sou exemplo de superação e algumas pessoas se identificam com a minha história. Então eu acredito que se uma mulher tem um sonho tem que correr atrás dele e não deixar ninguém impedir”, aconselhou.

Mulheres no transporte: Shirley quase desistiu de ser motorista mas, o filho a incentivou e hoje atua e uma transportadora

Shirley Fátima Lunca, de  Maringá PR, tem CNH E e vendeu sua loja de roupa para pagar o curso de motorista oferecido pela FABET. “Sou filha e irmã de caminhoneiro e meu sobrinho é dono de frota de caminhão. Quando criança viajava bastante com meu pai e minha mãe pelo Brasil. Amo a profissão. Meu pai faleceu de acidente quando eu tinha 10 anos. Segui com a vida. Me casei com alguém de outra área de trabalho, tive meus filhos. Me separei há seis anos e então continuei trabalhando com moda (15 anos nessa área) mas sempre com vontade de ser motorista de caminhão. Sempre quis, mas não ia atrás porque achava que já estava velha. Mas, meu filho mais velho me incentivou a correr atrás do meu sonho, afirmou.

Mulheres no transporte Shirley

E foi o que aconteceu. Após finalizar o curso, a Braspress ofereceu oportunidade de trabalho para Shirley e hoje ela faz coleta e entrega. Porém, já está sendo preparada para dirigir carreta, o grande objetivo dela. “Já estou fazendo manobras com carreta dentro da empresa para em um futuro breve poder viajar pelas estradas do Brasil em uma carreta”. Shirley diz que seu único arrependimento foi de não ter seguido o seu sonho antes.

E para as mulheres que, assim como ela, querem ser motorista ou ter qualquer outra profissão ligada ao transporte e que ainda é bastante dominada pelos homens, Shirley tem um conselho. “A primeira oportunidade realmente é bastante complicada. As empresas ainda precisam querer incentivar o ingresso das mulheres sem experiencia oferecendo cursos e treinamentos. Mas, se uma mulher tem um sonho deve correr atras sem ficar pensando muito. Parada é que não da para ficar. Hoje eu sei que sou inspiração para muitas pois sou prova de que quando queremos e vamos atrás não existe nada que nos impeça”, finalizou. 

Mulheres no transporte: Josivania viaja ao lado do marido, o ajuda em algumas atividades e a diminui a solidão

Apesar de não dirigir caminhão, Josivania Santos Batista, de Solânea/PB, também faz parte do grupo de mulheres no transporte. É casada a dois anos o caminhoneiro Hércules Lennon Silva de Carvalho, e viaja ao lado dele há um ano. Conhecida como Cristal – assim como as demais esposas de caminhoneiros -, Josi explica que as dificuldades enfrentadas por ela são bem parecidas com as das mulheres que dirigem caminhão. “A falta de infraestrutura para mulheres na estrada é muito grande. Além disso muitas empresas não permitem a entrada das esposas, que são obrigadas a aguardar por horas do lado de fora. Uma vez cheguei a ficar até em um hotel. Esse desrespeito também acontece com os caminhoneiros, seja homem ou mulher”, explica.

Mulheres no transporte

Para Josi uma Cristal tem um papel importante dentro do transporte pois  ela ajuda o caminhoneiro em algumas atividades, sem contar na companhia diária. “Ele sempre me diz que se sente mais motivado por eu estar ao seu lado. Ele consegue dividir os problemas, as alegrias, as inseguranças e não se sente sozinho. Quando decidimos ficar juntos eu não tive dúvidas do que deveria fazer. Como a gente morava em cidades diferentes achei melhor largar o meu emprego e me dedicar a vida na estrada ao lado do meu marido. Sempre gostei dessa profissão e está sendo um sonho poder realizar”, destacou.

Mas Josi faz um alerta para as mulheres que também tem vontade de ser uma Cristal e ajudar os maridos na estrada.  “É importante estar preparada para encarar os desafios e ter a consciência de que a vida na estrada realmente não é fácil”.  Na opinião de Josi, as empresas deveriam mudar a postura e olhar com mais respeito para as mulheres que acompanham os caminhoneiros. E o governo deveria melhorar a infraestrutura na estrada.

Mulheres no transporte: Naira venceu o preconceito e atua na área de manutenção de uma transportadora

Outra mulher que venceu o medo e o preconceito para atuar em uma área dominada pelos homens é a gerente de manutenção da Transportadora Mirassol, Naira Souza dos Santos,  40 anos de idade e 10 de profissão. Ela começou a atuar no setor de transporte no departamento de compras de uma transportadora. Depois foi promovida para a área de suprimentos e passou a conhecer mais profundamente as peças de um caminhão como motor, filtro, pneus, saber mais sobre carreta.

mulheres no transporte Naira

“Para fazer com mais eficiência o meu trabalho precisei me aprofundar. E quando surgiu a oportunidade de atuar na coordenação da área de manutenção alguns colegas a incentivaram e conversaram com o gerente da transportadora que acreditou no meu potencial e em todo conhecimento adquirido nos outros departamentos que havia passado. Sabia exatamente as peças que precisavam ser trocadas e tinha noção de todo o sistema”. 

Naira conta que agarrou a oportunidade, porém, na época seu pai, não ficou satisfeito por ser um ambiente na sua maioria ocupado por homens. Porém, nunca a impediu de seguir na profissão e em pouco tempo entendeu a seriedade da empresa e também a competência dela. Alguns outros desafios surgiram, mas enfrentou apenas um episódio de preconceito. “Quando eu assumi a liderança da manutenção um mecânico questionou o meu conhecimento e o fato de ser uma mulher liderando a situação. Mas, como estava bastante segura das minhas habilidades eu ignorei e segui com o meu trabalho”, lembrou.

Atualmente Naira coordena a equipe de mecânicos e a parte administrativa de controle de manutenção dos veículos. Ela direciona o veículo que precisa parar para fazer a manutenção, tanto preventiva quanto de emergência. Para Naiara o setor de mecânica é um ambiente de difícil acesso para as mulheres no transporte principalmente pela falta de informação. Hoje, segundo ela, o fato de os veículos serem automatizados tornou ainda mais fácil o acesso da mulher porém muitas não tem uma ideia muito clara sobre isso. E muitas não tem o conhecimento operacional somente o administrativo. “As mulheres acabam se limitando a se arriscar por conta da própria sociedade e muitas vezes se limitam a cargos administrativos, quando se fala em transporte. Existe um leque de opções e diversidades de oportunidades. Mas as vezes a empresa não dá essa oportunidade e a mulher também prefere não se arriscar”.

Naira acredita que o primeiro passo para mulheres que estão pensando em se arriscar em setores dominados pelos homens é sair da zona de conforto e correr atrás do sonho e objetivos. “Muitas pessoas vão tentar impedir, desmotivar. Mas o importante é você estar determinada sobre o que quer fazer. Eu sempre procurei me inteirar de tudo para poder ser competente dentro da minha atividade. Sempre procurei também valorizar o trabalho em equipe e estar atenta a tudo ao meu redor”, concluiu.

 

Banco Mercedes-Benz anuncia taxa de 0,95% em abril

Banco Mercedes-Benz

O Banco Mercedes-Benz do Brasil (BMB), anunciou condições especiais de financiamento até o final de abril. Para os clientes pessoa jurídica, o BMB mantém taxas a partir de 0,95% ao mês para aquisição de caminhões zero-quilômetro da marca, em todo o território nacional.

Essa condição é válida para os clientes que optarem pela contratação dos seguros prestamista e do veículo pela Mercedes-Benz Corretora de Seguros. Além da taxa de juros ,o financiamento feito por meio de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) pode ser realizado em 12 ou 24 parcelas, com entrada mínima de 50% e até três meses de carência para o primeiro pagamento.

A contratação desses seguros é facultativa, não obrigatória, e, no caso de operações somente com o seguro prestamista, a taxa será a partir de 0,97% ao mês. Já, se não houver nenhum seguro contratado, a taxa fica a partir de 0,99% ao mês.

Essas condições são válidas mediante análise de crédito do Banco Mercedes-Benz, até o final de abril de 2024. 

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4 passos para um financiamento de sucesso

Scania apresenta caminhões a gás com 420 e 460cv

A Scania apresentou nesta terça-feira (23) dois caminhões pesados de 420 e 460cv movidos a gás GNV ou Biometano. Os novos modelos são preparados para uma autonomia de até 650 quilômetros com um único abastecimento.

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Novos Scania com motor a gás tem autonomia para rodar até 650 quilômetros com um único abastecimento

Os caminhões Scania a gás G 420 e G 460 são disponibilizados nas configurações de eixo 4×2, 6×2 e 6×4 e equipados com motor ciclo Otto de 13 litros.

O gás é apenas uma das alternativas disponíveis como combustível para reduzir as emissões do transporte rodoviário. Outras soluções exploradas pela Scania são o Biodiesel, Biogás, HVO, Eletricidade, gás Natural, Bioetanol, entre outras soluções.

O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, Marcelo Gallao, explica que tecnicamente o motor a gás ficou bem próximo do motor a diesel. Ele cita como exemplo a versão de 460cv que tem 2.300 Nm e a movida a diesel 2.350 Nm. 

Transmissão do Scania Super

A transmissão dos novos caminhões é a G25 (a mesma do Scania Super), com Overdrive e Retarder integrados. Essa caixa tem 75kg menos que a GRS disponibilizada com e sem Overdrive.

O motor ciclo Otto foi totalmente remapeado pela engenharia da Scania para interagir com a transmissão G25. Um dos objetivos foi fazer as trocas de marchas mais rapidamente.

De acordo com Gallao, essa caixa aumentou o torque do caminhão, deixando as marchas pesadas até quatro vezes mais eficientes, especialmente nas partidas.

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G 460 com motor de 13 litros ciclo Otto a gás utiliza a mesma caixa de transmissão do Scania Super

O gerente de Vendas de Soluções a frotistas da Scania Operações Comerciais Brasil, André Gentil, destaca que a versão GH 460 6×4 representa a entrada  de caminhões a gás no agronegócio. Ele define o lançamento como um marco para a Scania e para o mercado.

Os cilindros de gás têm capacidade para armazenamento de 300M³ de gás e autonomia de 650 quilômetros

As cabines dos novos modelos de 420 e 460cv passaram por alterações para dar espaço à instalação de mais dois tanques de gás na parte traseira. As mudanças tiveram objetivo também de reduzir peso das cabines. Gallao destaca que as mudanças deixaram as cabines da linha G  bastante próximas da R (dos caminhões Super).

Com as mudanças e perda de peso, a cabine passou a ter espaço interno de 2.030mm entre o assoalho e o teto, e de 1.000mm do encosto do banco do motorista até a parede traseira (espaço da cama). A altura externa ficou com 3.534mm e a interna 1.695mm entre o assento do motorista e o teto .

As modificações ainda incluiram redução do entreixo de 3.950mm para 3.600mm. Assim, os novos cavalos mecânicos 6×2 movidos a gás  podem tracionar carretas de 15.400mm e formar composições de uma articulação com até 19.300mm e PBTC de 58,5 toneladas.

Postos de abastecimento

Até o ano passado, a rede de postos de abastecimento para caminhões a gás era formada por 45 pontos. A previsão é atingir 92 até final de 2024. A maioria dos postos está  localizada na região costeira do Brasil, entre as regiões Sul e o Nordeste. A distância entre os postos é de aproximamente 400 quilômetros.

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Cilindros de gás têm capacidade de armazenamento de 300 m³ de gás

Na região Sul, os postos de gás estão instalados na BR 116 (Régis Bitencourt) e na BR 101. Na Sudeste o motorista abastece na BR 040 (Washingto Luis), BR 381 (Fernão Dias), BR 116 (Presidente Dutra), SP 348 (Bandeirantes) e BR 116 (Régis Bitencourt).

Na região Nordeste, o posto de abastecimento para caminhões movidos a gás  está localizado na BR 101 permitindo conexão da Bahia ao Ceará. Por fim, no Centro Oeste na BR 262 (em Mato Grosso do Sul) em dois pontos.

1000 caminhões vendidos

A Scania  atingiu a venda de 1000 caminhões a gás, 900 estão em operação. Outros 100 ainda serão entregues aos clientes. Os primeiros modelos a gás da marca começaram a ser vendidos na Fenatran de 2018 e cerca de 85% são destinados a operações de transporte de carga industrializada.

Caminhoneiros: como a falta de segurança atrapalha a rotina na estrada

falta de segurança

A falta de segurança na estrada ainda é um desafio enfrentado pelos caminhoneiros. Diariamente esses profissionais lidam com dificuldades como a falta de infraestrutura e de fiscalização nas rodovias, imprudência de alguns motoristas e ausência de locais seguros para descansar e cumprir a lei que determina o tempo de direção.  

A última pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros realizada pela CNT – Confederação Nacional dos Transportadores- confirma que a falta de segurança na estrada é sim um dos pontos negativos da profissão. Segundo o documento, 65,1% dos profissionais entrevistados consideram como ponto negativo o fato de a atividade ser perigosa/insegura.

Com relação à segurança, 7% dos caminhoneiros informaram ter tido seu veículo roubado pelo menos uma vez nos últimos dois anos. Outro dado significativo é que 49,5% dos profissionais já recusaram viagens por conta do risco de roubo/assalto durante o trajeto. A pesquisa também revela que 64,6% dos caminhoneiros consideram os assaltos e roubos como o principal entrave à profissão.

Dados da Assessoria de Segurança da NTC&Logística mostram que em 2022 foram registrados 13.089 roubos de cargas que resultaram em um prejuízo para o setor de um milhão e duzentos reais. A região sudeste permanece em primeiro lugar na estatística concentrando 85,18% dos casos (31,32% RJ e 45,23% SP).

A falta de fiscalização e a imprudência na direção também são apontados como fatores que aumentam o clima de insegurança na estrada. Prova disso são os números divulgados pela Polícia Rodoviária Federal. Em 2023 foram computados 78.322 acidentes (mortos e feridos) nas rodovias federais e desse total quase 24% (18.598) envolveram caminhões.

E, por fim, e tão importante quanto os demais fatores para a falta de segurança está a ausência de infraestrutura viária, principalmente quando diz respeito aos pontos de parada. A maioria ainda utiliza os postos de combustíveis para fazer as pausas. Porém, são obrigados a abastecer para poder pernoitar e, mesmo assim, não recebem nenhuma garantia de segurança.  O principal motivo é a circulação de veículos e de pessoas durante o dia inteiro.

Falta de segurança: como os caminhoneiros lidam com a insegurança

Diante desse cenário e sabendo que uma melhoria significante depende basicamente de uma ação eficiente do governo, os caminhoneiros buscam alternativas para driblar a falta de segurança na estrada.

falta de segurançaCarlos Jonathan Nascimento, 29 anos e cinco de profissão, de Recife/PE, acredita que a falta de infraestrutura no Brasil realmente é algo complicado e compromete diretamente a segurança dos caminhoneiros. “Existem muitos trechos com alto índice de roubo de carga então procuro passar por eles durante o dia para evitar ser assaltado. Além disso, busco sempre parar em postos de serviços, com estacionamento fechado, seguranças para eu possa realmente descansar e ficar o menos preocupado possível”, afirmou.

falta de segurançaJá para Richard Cleiton Ritter Bomfim, 33 anos de idade e 10 de profissão, de Sapucaia do Sul/RS, os maiores problemas para o aumento da falta de segurança são as condições das estradas, mais especificamente na região da serra de Santa Catarina. “A falta de infraestrutura é um grande desafio. Em relação aos pontos de paradas não sofro  muito pois a empresa que trabalho já determina os locais autorizados para fazer o descanso. Porém, já aconteceu de chegar em postos e ser impedido de ficar por não ter abastecido. E isso é frequente com os colegas que se sentem obrigados a continuar rodando até encontrar um próximo local”, explicou.

Outros fatores apontados por Richard são a imprudência por parte dos veículos de passeio e a falta de fiscalização que facilita assaltos e roubos. “Alguns motoristas de automóveis insistem em fazer ultrapassagens perigosas e colocam em risco a vida de todos na estrada. E o fato de existir pouca fiscalização, sempre acontece furtos de estepe, geladeira, caixa cozinha e até pertences pessoais dos caminhoneiros”, destacou.

Para tentar driblar essas situações, Richard procura manter distância segura dos veículos, manter o limite nas vias e evitar rotas com alto índice de roubo, como é o caso da BR-470, entre Lages e Rio do Sul, e BR-290, entre Guaíba e Livramento. “Acredito que falta mais investimento em infraestrutura por parte do governo e instalação de câmeras em postos para ajudar na segurança. Muitas coisas melhorar entre 2018 e 2022 mas ainda tem um longo caminho para resolver essas questões”, opinou.

falta de segurançaPara Igor Santos, 30 anos de idade e seis de profissão, de Recife/PE,  a questão da falta de segurança é muito complexa pois diversos fatores comprometem para aumentar a insegurança na estrada. Mas também tem opinião de que a imprudência merece um destaque. “No período de alta temporada muitos motoristas de veículos de passeio e com pouca experiência pegam estrada e se arriscam ao ultrapassar os caminhões. Existe também as empresas de transporte que não se importam em cumprir o que diz a lei do tempo de direção e os motoristas trabalham sob pressão, não conseguem descansar o suficiente e comprometem a segurança”, declarou.

Outro ponto abordado por Igor diz respeito a infraestrutura precária principalmente em relação aos locais para o descanso. Ele conta que a maioria dos postos seguros cobram entre R$ 40 e 50 reais o pernoite e as empresas e os caminhoneiros não querem arcar com essa despesa. “A gente acaba buscando outros locais que não cobram  porém também não oferecem toda a estrutura para uma noite tranquila. Acho muito errado cobrar o pernoite do caminhoneiro. Nosso trabalho é pesado e cheio de pressão e precisamos descansar sem preocupação de que alguém pode chegar e te roubar”, opinou.

Alisson Antônio Nesi, 46 anos, 21 de profissão, de Guarapuava/PR, roda em alguns dos principais corredores do Brasil como via Dutra, Fernão Dias, Régis Bitencourt e afirma que a insegurança é grande nos trechos de serra, principalmente quando acontece algum congestionamento seja por acidente ou obras.

“Eu já presenciei um caminhão dos correios tendo a pfalta de segurançaorta estourada. Estava no sentido Curitiba a 400 metros da PRF. Um dos ladrões portava uma arma e ficava olhando a pista enquanto os outros faziam um tipo de corrente humana pra levar as mercadorias para o meio do mato. Também presenciei uma tentativa de assalto. Rodando pelo Rodoanel vindo de Arujá pra Ponta Grossa, dois bandidos saíram do mato e jogaram pedra no intuito de quebra o parabrisa. Consegui desviar jogando caminhão para outra pista e acertou de raspão a porta onde tenho o sagrado coração de Jesus. A proteção  divina foi maior”, contou.

Para Allison a falta de fiscalização e de pontos de apoio para o caminhoneiro permite uma frequencia maior desse tipo de situação e, assim, aumente o clima de insegurança na estrada. Ele acredita que com todos os impostos pagos pelos caminhoneiros, taxas de pedágio deveria ter melhor estrutura para atender os profissionais com segurança.

mulheres motoristasPara Elijane Wosniak,autônoma, 43 anos de idade e 20 de profissão, de Porto Velho/RO, que faz rotas longas e fica até dois meses fora de casa algumas regiões do Brasil precisam de mais fiscalização para garantir mais segurança para os caminhoneiros. “A região do Mato Grosso, por exemplo, tem muito roubo. Então para evitar esse tipo de situação é importante não parar em qualquer lugar,  fazer uma programação antecipada e  manter a manutenção do caminhão em dia para evitar imprevistos”, afirmou.

No caso das mulheres a questão dos locais de parada ganham uma importância maior, conforme explica Elijane. “Sempre busco locais com segurança. Uma vez quando atuava com caminhão pequeno, estava parada e um homem bateu na cabine e queria entrar de qualquer jeito. A minha sorte é que estava próxima de uma barreira do exercito e conseguir chegar até eles e explicar a situação. Mas graças a Deus essa foi a situação de maior risco que vivi na estrada, pois realmente tento me programar para não ter imprevistos”, disse.

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#56 Segurança do Caminhoneiro

 

 

 

Braspress adquire 135 caminhões Mercedes-Benz

caminhões mercedes-benz

A Braspress acaba de ampliar a sua frota com 135 caminhões Mercedes-Benz. Desse total, 90 são modelos leves Accelo 817, 30 extrapesados Actros 2045 e 15 médios Atego 1419. A venda foi realizada pelo concessionário De Nigris.

Com os novos Mercedes-Benz, a Braspress totaliza agora 3.090 caminhões em sua frota, que opera no transporte e distribuição de encomendas em todo o Brasil e no Mercosul, por meio de 117 filiais, cerca de 2.000 veículos agregados e mais de 9.000 colaboradores.   

“Essa aquisição faz parte de um investimento de R$ 116 milhões na renovação e ampliação da nossa frota de caminhões e de carretas. A parceria com a Mercedes-Benz vem desde a criação da nossa empresa, em 1977. Ao longo desse tempo, desenvolvemos uma relação de muito comprometimento com os nossos negócios, o que envolve também a De Negris”, afirma Urubatan Helou, diretor-presidente da Braspress.

“Mais de 80% dessa frota de 3.090 caminhões da Braspress são da marca Mercedes-Benz. Desde o L 608 D, nosso clássico Mercedinho, passando pelo Axor e chegando aos atuais Accelo, Atego e Actros, nossos caminhões fazem parte do dia a dia da Braspress, sempre entregando qualidade, eficência, rentabilidade e confiabilidade ao nosso parceiro”, destaca Jefferson Ferrarez, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços Caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

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Arteris inaugura Ponto de Parada e Descanso no Sul

ponto de parada

A Arteris acaba de inaugurar o primeiro Ponto de Parada e Descanso (PPD) para caminhoneiros em Santa Catarina. O empreendimento teve investimento de R$17,5 milhões e oferece 43 vagas gratuitas para veículos pesados, sala de descanso, cozinha, vestiários e sinal de wi-fi.

O Ponto de Parada e Descanso fica localizado na BR-101, km 220 da rodovia, na cidade de Palhoça, sob gestão da concessionária Arteris Litoral Sul e é fruto de uma reivindicação para garantir mais conforto e segurança aos mais de 10 mil motoristas de veículos pesados que passam diariamente pelo trecho que faz parte do Corredor do Mercosul.

 “A entrega do PPD possibilita que caminhoneiros cumpram, sem custo adicional, as suas horas de descanso obrigatório, garantindo assim melhores condições de trabalho e colaborando com a segurança nas estradas”, afirma o diretor-presidente da Arteris, Sergio Garcia.

Estrutura Ponto de Parada e Descanso Santa Catarina

O PPD inaugurado possui 39 mil metros quadrados e suas dependências estão divididas entre as margens sul e norte da BR-101/SC. Ambas são interligadas por uma passarela que, somadas, oferecem 43 vagas para estacionamento, sendo 15 para caminhões e carretas de até 12 metros de comprimento e 28 para veículos com até 30 metros de comprimento. O local inclui também, vagas com pontos elétricos para cargas refrigeradas.

 Na pista sul (sentido Rio Grande do Sul/RS), a estrutura conta com sala de descanso, varanda, cozinha e vestiários masculinos e femininos com sanitários e chuveiros. Além disso, há espaço disponível para locação de empresas de serviços terceirizados, como minimercado, lavanderia e farmácia. Já na pista norte (sentido Curitiba/PR), há outra edificação com instalações sanitárias adaptadas para a acessibilidade de Pessoas com Deficiência.

O interior dos edifícios recebeu materiais que reduzem o ruído e películas que controlam a incidência de luz nas janelas, o que favorece o descanso dos usuários. Ainda, todas as lâmpadas do local possuem tecnologia LED, que são mais econômicas e duráveis e, portanto, estão alinhadas às estratégias da Agenda ESG da empresa e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas.

Pontos de Parada e Descanso é obrigatório e promovem segurança

Locais que oferecem uma completa infraestrutura de atendimento aos caminhoneiros, como o PPD, colaboram de maneira efetiva para o cumprimento da Lei Nº 13.103/15 (Lei do Motorista Lei do Motorista (Lei do Motorista), que também dispõe sobre o tempo de descanso obrigatório, além de serem importantes para a redução de acidentes e fatalidades nas rodovias.

 O novo PPD de Palhoça/SC é a terceira estrutura com mesma finalidade construída pela Arteris. As outras duas Áreas de Descanso para Caminhoneiros (ADCs) – nomenclatura para os projetos construídos em rodovias estaduais de São Paulo – foram entregues em 2022, na SP-255, sendo uma na cidade de Bocaina, no km 136, sentido sul, e outra em Taquarituba, no km 311, sentido norte.

Como deve ser o Ponto de Parada e Descanso?

Além da parte burocrática que consiste em ter um CNPJ ativo, alvará de funcionamento expedido pela Prefeitura Municipal e não vender ou permitir o consumo de bebidas alcoólicas no local é preciso disponibilizar quantidade suficiente para atender a demanda de caminhões e instalar em pontos estratégicos e bem localizados nas estradas do País.

 Outro ponto importante é oferecer estacionamentos seguros, banheiros limpos, chuveiros, lavanderia, áreas de descanso com camas, restaurante e, principalmente segurança com monitoramento para reduzir a incidência de roubo de carga e violência.

A disponibilidade de Wi-Fi e conectividade é de extrema importância hoje. Afinal, o caminhoneiro utiliza a internet para conseguir carga, utilizar os aplicativos de localização, frete e conversa e também para falar com a família e diminuir a saudade de casa.

Alguns caminhoneiros acreditam também ser interessante aproveitar essas áreas de descanso para promover cursos rápidos de aperfeiçoamento da profissão.

4 situações de risco na estrada

causas de acidentes com caminhão

Existem situações de risco na estrada que comprometem a segurança dos usuários. Prova disso, é que as principais causas de acidente envolvendo veículos de carga estão diretamente ligadas ao comportamento do condutor.

De acordo com definição do Centro de Prevenção de Acidentes (CEPA Safe Drive), a velocidade relativamente segura é aquela na qual o veículo é conduzido com máxima atenção considerando o estado psicofísico do condutor, tipo e estado de conservação da via, clima, fluxo de trânsito, volume de carga transportada e, principalmente, o espaço frontal de segurança disponível para frear ou manobrar sem risco de perder o controle do veículo.

Entretanto, apesar disso, entre as principais situações de risco na estrada estão a distração ao volante, excesso de confiança, descumprimento ao Código de Transito Brasileiro, imprudência e cansaço por conta das longas jornadas.

Algumas situações durante a condução podem colocar a vida do caminhoneiro e demais motoristas em risco. Isso porque, o comportamento do caminhoneiro esta diretamente ligado a segurança da estrada. Além da distração, algumas situações como cansaço, uso de álcool e droga e até mesmo descaso com a saúde podem contribuir para o aumento do número de acidentes.

Listamos 4 situações de risco na estrada que podem ser evitadas

Situações de risco na estrada: uso de álcool

O uso de álcool durante a direção faz com que o caminhoneiro perca o reflexo e o poder de reação diante das condições adversas a que são submetidos durante a condução.  A agressividade no comportamento, a visão distorcida e o excesso de autoconfiança são outros elementos que se tornam presentes e, se o deslocamento for realizado dentro de um percurso muito longo, o sono também contribui para agravar ainda mais a situação.

Situações de risco na estrada: uso de droga

A maconha, umas das substâncias alucinógenas mais comuns, provoca prejuízo na coordenação motora, falta de atenção, funções visuais, tempo de reação, perda da capacidade de dirigir com segurança e dificuldade de manter o posicionamento na via. Situações que demandam alta capacidade de processamento de informações ficam prejudicadas, ocasionando riscos em cenários de emergência.

O uso da cocaína provoca efeitos como excesso de velocidade, perda do controle do veículo, colisões, direção agressiva e desatenta. Outras influências negativas do uso de cocaína e crack são a perda da concentração e atenção; maior sensibilidade à luz, nervosismo, irritabilidade, agressividade e paranoia.

Já o uso de anfetamina (rebite)  dá excesso de confiança ao motorista e, por consequência, aumenta a probabilidade da ocorrência de acidentes. Sob efeito, o condutor não respeita normas básicas de segurança, como deixar a devida distância segura entre os veículos, realiza manobras imprecisas de aceleração, frenagem e desaceleração, além de não sinalizar manobras como mudança de faixa entre outras.

Situações de risco na estrada: mau súbito

O mal súbito não apresentar sintomas  prévios mas é possível que algumas pessoas sintam incômodo no peito, batimentos cardíacos acelerados, mal-estar, enjoo, dor de cabeça, falta de ar. Então fique de olho a esses sinais e se previna. Por isso é muito importante estar com os exames de saúde em dia para evitar “apagar ao volante” e provocar acidentes.

Situações de risco na estrada: cansaço

Estudos indicam que a quantidade de horas dormidas e o tempo que a pessoa está acordada influenciam diretamente em sua habilidade para guiar. Uma pessoa que dormiu 5,5 horas, apresenta 10 vezes mais chances de causar um acidente de trânsito em relação a outra que dormiu 8 horas.

Já se o motorista dirigir de 15 a 20 horas após ter acordado, suas chances de cometer um acidente são 10 vezes maiores do que as cinco primeiras horas. Se ele passar o dia todo acordado e dirigir de 20h a 25h, as chances de um acidente sobem para 60 vezes. Segundo pesquisas, quem não dorme deixa de regular o organismo.

Com isso, o fato de não dormir hoje e dormir o fim de semana todo, não compensa e nem repõe o que se deixou de regularizar. 

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Valorização ajuda a reduzir a falha humana na estrada

Exame toxicológico: caminhoneiros começam a ser notificados

exame toxicológico

Caminhoneiros que ainda não regularizaram o exame toxicológico obrigatório receberão notificação a partir da próxima quinta-feira (17/04). O alerta será emitido pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e chegará pela Carteira Digital de Trânsito (CDT). É importante ressaltar que os condutores terão até 30 de abril para regularizar as pendências.

Segundo a Senatran, cerca de 3,4 milhões de condutores ainda não fizeram o exame. O órgão informou também que a fiscalização será feita diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais e do Distrito Federal. O valor da multa é de R$ 1.467,35 e começará a ser emitida a partir de maio.

“O prazo para motoristas com CNH com data de vencimento entre janeiro e junho, de qualquer ano, se encerrou em 31 de março e, agora, os condutores devem aproveitar a tolerância do dia 30 de abril, concedido pela legislação, para evitar multas”, explica o diretor da ABTox, Pedro Serafim.

exame toxicológico de larga janela de detecção é um procedimento laboratorial não invasivo, não infectante e indolor, capaz de detectar se houve consumo abusivo de substâncias psicoativas em um período de 90 a 180 dias anteriores à coleta. Para isso, são usadas amostras de cabelos, pelos ou unhas. Em média, o exame custa R$135.

Exame toxicológico: entenda como funciona os prazos para regularização 

Condutores que não regularizarem o exame toxicológico conforme prazo de escalonamento estipulado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) poderão receber receberão multa mesmo que não estejam dirigindo – como previsto no artigo 165-D do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A não realização do exame toxicológico é considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com penalidade de multa de R$ 1.467,35 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).  Em nota a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) alertou aos condutores das categorias C, D e E que o cometimento da infração pelo descumprimento do prazo estabelecido será verificado diretamente pelos sistemas eletrônicos dos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais e do Distrito Federal. Isso significa que, após o trigésimo dia do vencimento do exame, o condutor poderá ser multado. 

Exame toxicológico: prazo determinado pelo Contran

  • Os motoristas com CNH com data de vencimento de janeiro a junho, independentemente do ano, têm até 31 de março de 2024 para realizar o exame, com uma tolerância de 30 dias concedida pelo Código de Trânsito Brasileiro. Se perderem esse prazo, serão multados a partir de 1º de maio, no valor de R$ 1.467,35.

  • Os motoristas com CNH com data de vencimento de julho a dezembro, independentemente do ano, têm prazo até 30 de abril de 2024 para realizar o exame, com uma tolerância de 30 dias concedida pelo Código de Trânsito Brasileiro. Se perderem esse prazo, serão multados a partir de 31 de maio, no valor de R$ 1.467,35.

Segundo a Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), o escalonamento é uma oportunidade para que os motoristas renovem seus exames toxicológicos, preservem a segurança viária e evitem penalidades. “A periodicidade do teste é fundamental para garantir a eficácia da política pública, que já contribui para uma redução de 60% no uso de substâncias nas estradas, além de uma diminuição de 36% nos acidentes envolvendo veículos pesados desde 2017”, acrescenta o diretor da entidade, Pedro Serafim.

Exame toxicológico: condutor pode verificar situação através da Carteira Digital

Vale ressaltar que condutores com a CNH vencida podem aproveitar o escalonamento tanto para renovar a carteira quanto para regularizar sua situação de exame toxicológico pendente, com um único teste

Passo a passo para o motorista conferir a sua situação: 

  • Acesse a área do condutor;
  • Clique no botão “Exame Toxicológico”;
  • Verifique se o prazo para realização está vencido;
  • Em caso positivo, busque um dos laboratórios credenciados e faça a coleta para realização do teste.

 

 

 

 

Diesel Petrobras Grid promete economia para o transporte

Diesel Petrobras Grid

A Vibra, distribuidora de combustíveis e empresas de energia do Brasil, acaba de anunciar para o mercado o lançamento do Diesel Petrobras Grid, direcionado para todos os tipos de veículos, desde pick-ups e SUVs, Vucs a ônibus, caminhões e maquinários.

O Diesel Petrobras Grid incorpora a tecnologia Tecno 3, composta por uma seleção de aditivos que conferem propriedades únicas não encontradas no diesel comum. Entre os benefícios para os veículos que abastecem com o Diesel Petrobras Grid, apontados pela empresa, estão mais limpeza, proteção e economia, e redução no gasto com a manutenção do motor.

A nova aditivação foi desenvolvida exclusivamente para o produto com detergente, dispersante e antioxidante, que ajuda e aumentar a vida útil do motor, espaçando as revisões, reduzindo trocas de peças e, limpezas de filtro. Tecno 3 inclui ainda aditivos antiespumantes e anticorrosivos em sua formulação. A empresa explica que esses aditivos ajudam a agilizar o abastecimento e proteger as peças internas do motor.

“A chegada no novo Diesel Grid representa um passo estratégico, reforçando nosso compromisso em oferecer um mix de produtos completo e de alta qualidade para nossos clientes não apenas dos Postos Petrobras, mas também corporativos. Com esse lançamento, fechamos a renovação da Linha Grid, reforçando o nosso portfólio para atender às necessidades de um público cada vez mais exigente, que busca combustíveis que proporcionem mais desempenho e economia”, afirma Vanessa Gordilho, vice-presidente de Produtos, Negócios e Marketing da Vibra.

Diesel Petrobras Grid: testes ajudaram a chegar a atual fórmula

O blend de aditivos utilizados nesta nova geração de Diesel Grid foi criado exclusivamente para a realidade do produto vendido no Brasil. Foram realizados testes, liderados pelo time de especialistas da Vibra, em laboratórios na França e Brasil para chegar à fórmula que atendesse não apenas os motores, mas principalmente as especificações técnicas da ANP, como a adição obrigatória de biodiesel, que passou de 12% para 14% em março deste ano.

De acordo com os testes promovidos, a empresa garante que o Diesel Petrobras Grid já está preparado para a nova legislação e que a tecnologia aplicada na aditivação de Grid evita a oxidação e consequentemente a formação de borra e sedimentos adesivos. A não formação de borras e sedimentos promove maior economia em manutenção e limpeza de filtros e injetores, com menor custo de manutenção e maior disponibilidade dos veículos e frotas, especialmente para clientes corporativos.

“No caso das empresas com grandes frotas sabemos que o custo com manutenção vai além da questão mecânica, porque tirar um veículo da estrada gera diversos custos diretos e indiretos. Por isso, o Diesel Petrobras Grid conta com uma aditivação exclusiva com detergente, dispersante e antioxidante para ajudar nossos clientes a terem mais tranquilidade para tocar o seu negócio. Nosso produto entrega 76% de redução de depósitos nos bicos injetores, reduzindo tempo de parada e aumentando a disponibilidade de frota”, afirma Juliano Prado, vice-presidente comercial B2B e Aviação da Vibra.

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Lembra do DPVAT? Seguro obrigatório pode voltar com algumas alterações

seguro obrigatório

Projeto aprovado pela Câmara dos Deputados reformula o seguro obrigatório de veículos terrestres – DPVAT – para pagamento de despesas médicas da vítima dos acidentes com veículos.

Desde 2020, o seguro parou de ser cobrado passando para a Caixa Econômica Federal a gestão do fundo para pagar as indenizações. Entretanto, desde 2021, a Caixa opera de forma emergencial o seguro obrigatório após a dissolução do consórcio de seguradoras privadas que administrava o DPVAT. Os recursos até então arrecadados foram suficientes para pagar os pedidos até novembro do ano passado.

Os prêmios serão administrados pela Caixa em um novo fundo do agora denominado Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).

Devido aos pagamentos suspensos do DPVAT por falta de dinheiro, os novos prêmios poderão ser temporariamente cobrados em valor maior para quitar os sinistros ocorridos até a vigência do SPVAT.

Seguro obrigatório: confira as novas regras

Uma novidade do SPVAT é a inclusão da penalidade no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) equivalente a multa por infração grave no caso de não pagamento do seguro obrigatório, cuja quitação voltará a ser exigida para licenciamento anual, transferência do veículo ou sua baixa perante os órgãos de trânsito.

Já a transferência de recursos da arrecadação com o seguro para o Sistema Único de Saúde (SUS) deixará de ser obrigatória, passando de 50% para 40% do dinheiro a fim de custear a assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito.

Outro repasse previsto é de 5% do total de valores destinados à Seguridade Social para a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, a ser usado na divulgação do SPVAT e em programas de prevenção de sinistros.

As despesas médicas foram incluídas e poderão ser reembolsadas inclusive fisioterapia, medicamentos, equipamentos ortopédicos, órteses, próteses e outras medidas terapêuticas, desde que não disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) do município de residência da vítima do acidente.

Outra inclusão é a cobertura para serviços funerários e reabilitação profissional para vítimas de acidentes que ficaram com invalidez parcial.

Os limites de valores a indenizar e quais despesas serão reembolsáveis cabe ao Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O projeto deixa de fora aquelas cobertas por seguros ou planos privados de saúde; aquelas sem especificação individual de valor, prestador de serviço na nota fiscal e no relatório; ou aquelas de pessoas atendidas pelo SUS.

No caso de invalidez permanente, o valor da indenização será calculado a partir da aplicação do percentual da incapacidade adquirida. Se a vítima vier a falecer, o beneficiário poderá receber a diferença entre os valores de indenização (morte menos incapacidade), se houver.

O pagamento da indenização do SPVAT será feito com prova simples do acidente e do dano decorrente, independentemente da existência de culpa ou dolo e ainda que no acidente estejam envolvidos veículos não identificados ou inadimplentes com o seguro.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Como funcionava o antigo DPVAT

11 filmes envolvendo motorista de caminhão

filmes envolvendo motorista de caminhão
Imagem de sampane por Pixabay

Filmes envolvendo motorista de caminhão são bem comuns. Afinal, a vida na estrada sempre despertou o interesse e curiosidade das pessoas. Mas será que a vida imita a arte ou a arte imita a vida??? Apesar de ser mais comum nos filmes os homens dirigindo os caminhões, as mulheres motoristas também foram lembradas no filme A Caminhoneira, de 2008. Então, você já se reconheceu em algum filme? Ou já viu um pouco da sua história contada neles? 

O Carreteiro fez uma seleção dos melhores filmes  envolvendo motorista de caminhão cujo tema central são os caminhoneiros. A lista vale como sugestão para assistir no momento do descanso.

Confira 11 filmes envolvendo motorista de caminhão

11Filmes envolvendo motoristas de caminhão: Comboio – Pato de Borracha 

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